VIDE: SÍMBOLOS
Tudo que existe, qualquer que seja sua modalidade, necessariamente participa de princípios universais, algo não existe exceto pela participação nestes princípios, que são as essências eternas e imutáveis contidas na atualidade permanente dos Intelecto Divino. Consequentemente pode-se dizer que todas as coisas, quão contingentes sejam nelas mesmas, traduzem ou representam estes princípios em sua maneira e de acordo com sua ordem de existência, pois de outra forma seriam pura e simplesmente nada. Assim, de uma ordem para outra, todas as coisas estão juntamente associadas em correspondência, contribuindo para a harmonia total e universal, harmonia ela mesma … que nada mais é que o reflexo da unidade primordial na multiplicidade do mundo manifesto; e é esta correspondência que forma a fundação real do simbolismo.” (René Guénon, AUTORIDADE ESPIRITUAL E PODER TEMPORAL)
O simbolismo é a linguagem que faz inteligível, frequentemente com formalidade geométrica e precisão, a sequência causal associando a indefinidade dos estados criados; esta última, corolário do primeiro princípio de unidade ou não-dualidade do Ser, que acarreta na relatividade de todos os estados de existência aparte do Ser Puro. Whitall Perry
Se chamamos «Simbólica» o conjunto das formas (em sentido amplo) servindo à expressão da Manifestação, diremos que o sagrado depende estreitamente da Simbólica. Como René Guénon frequentemente sublinha, esta última não é uma forma religiosa posto que ela está de alguma maneira na fonte da dogmática intervindo em toda religião. Ela tem um valor universal, enquanto de certa maneira pode-se dizer que as religiões são mais ou menos adaptadas a tal ou tal povo, a tal ou tal raça ou a tal ou tal cultura. Segundo a ordem da perfeição, a Simbólica (exprimindo a Manifestação — tal como a apreendemos) é anterior e mais universal que a dogmática; mas segundo a ordem genésica, a ordem do devir da vida religiosa do homem, a Simbólica está de alguma forma à serviço da dogmática: dela favoriza a memorização e a assimilação em propondo «suportes» (o sol, a luz, a água, a árvore, o fogo, o arco-íris, o pão, o vinho, a palavra, a geração, etc.) suscetíveis de visualização, logo acessíveis ao grande número. Mas embora fazendo apelo à inteligência do homem, a sua capacidade de amar, a sua sensibilidade estética de uma maneira universal a ordem da Manifestação ela não é propriamente falando uma obra humana; ela é muito mais uma Ciência Divina «mediatizada» por formas exprimindo a ordem do universo, uma «hierofania». (Christophe Andruzac)
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145 páginas com links para Simbolismo